quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Review Casa Cor : Lavabos e Banheiros.


Casa Cor Espírito Santo – Banheiro do hóspede.
Concebido para ser um espaço que ofereça aconchego e elegância, o banheiro do hóspede da arquiteta Luciana Vervoet destaca os elementos da natureza, presentes na madeira de reflorestamento lyptus, nas pedras de seixo rolado no piso e na presença de plantas. Entre os diferenciais do projeto está o mosaico de pastilha de vidro que, aplicado em uma parede curva conectado com o teto, cria uma composição inusitada com o restante dos elementos que seguem a linha clássica.


Casa Cor Espírito Santo – Lavabos públicos.
Ao projetar os lavabos públicos, as profissionais Caroline Martins e Monique Ximendes priorizaram a preocupação com as questões ecologicamente corretas e com as pessoas com necessidades especiais. Destinado a atender tanto ao público masculino quanto o feminino, o ambiente oferece privacidade também dentro das cabines, onde foram instalados lavatórios individuais. Sensores, válvulas e madeiras ecologicamente corretas, além de materiais higiênicos biodegradáveis, complementam o projeto inspirado no estilo rústico chique. As texturas do vidro chocolate, laca branca brilhosa com madeira, pastilha de pedra e piso cimentício são valorizados por uma iluminação diferenciada.


Casa Cor Goiás
A designer de interiores e artista plástica Rosângela Queiroz se preocupou com a funcionalidade para construir o conceito do lavabo público. A necessidade de economia de energia e água a levou a escolher bacias Deca com acionamento duplo de descarga. A autora, inspirada pelo estilo marroquino, insistiu em tons como o turquesa, o marrom dourado e o beje claro na composição.

Valorizado pelo uso intenso das coloridas pastilhas de vidro e pelo design arrojado da banheira italiana, o Banho Jovem idealizado pelos arquitetos Cíntia Aguiar e Francisco Humberto Franck revela as facilidades da automação, em 6 metros quadrados. Fixo na parede, um controle comanda os circuitos dimerizáveis de luz. Já outro, portátil, aciona a TV LCD embutida na caixa de mármore branco thassos — mesmo material presente no tampo da bancada em laca roxa fosca. Os sistemas criam diferentes cenários e atuam conforme o uso. Se o chuveiro for utilizado, por exemplo, a TV pode ser ocultada na caixa para evitar os respingos — diz Cíntia. Destacado por lâmpadas AR 48, painel confeccionado com pastilhas de vidro reproduz uma pintura do artista inglês Steven Smith — recurso que confere feições de Pop Art ao espaço hi-tech. Fotos: Carlos Edler.

Casa Cor São Paulo – Banheiro Feminino.
Espaços generosos, cores vibrantes e grandes espelhos marcam o projeto assinado pelas arquitetas Agnes Manso e Maria Alice Miglorancia. Mosaicos de vidro paginados em listras multicoloridas revestem a parede dos lavatórios. Laminado no padrão madeira teca dá acabamento à bancada. Diferentes umas das outras, as cabines são maiores do que de costume para proporcionar mais conforto às usuárias.


Casa Cor São Paulo – Banheiro Público Masculino.
O grande destaque do ambiente é o adesivo aplicado sobre as cabines com o rosto do arquiteto Roberto Burle Marx. A imagem foi criada pelo artista plástico Lobo em parceria com a designer de interiores Mariza Cundari, que assina o espaço ao lado do engenheiro Luis Henrique Pereira. As cabines são de madeira revestida de vidro acidado italiano da Omni Decor. Outro destaque é a torneira criada especialmente pela Deca para o ambiente: um cano de aço inox que vem do teto e é acionado por sensor de presença para abrir e fechar. O piso de mármore travertino romano da S2R foi recortado para a aplicação da pastilha de coco da Ekobe, imitando as calçadas de Copacabana.


Casa Cor Rio Grande do Sul – Lavabo do Café.
A calçada de Copacabana ganhou uma releitura moderna no ambiente criado pelo arquiteto Maurício Felzemburgh: de mosaico de pastilhas de vidro, piso e paredes se integram. O espaço segue a linha bicolor, quebrada apenas pela pintura em tom prateado metalizado de duas paredes.


Casa Cor Bahia – Banheiro do restaurante.
No ambiente de Marcos Alan e Marcos Jucá, tons pastéis e marrons, mais sóbrios, deixam obras de arte em destaque. A bancada é feita de granito que imita madeira e, nas paredes, pastilhas de vidro dão charme especial. O ambiente comporta ainda outro lavatório, próximo ao vaso sanitário, em que um tronco de árvore serve de base para a cuba.


Casa Cor Brasília – Lavabo.
Parece uma instalação a bancada de mármore que camufla a caixa de iluminação embutida no seu interior. Como a espessura muito fina, de 5 mm, deixa a pedra transparente, a luz fluorescente produz belo efeito. O volume parece flutuar no espaço dos arquitetos Gislaine Garonce e Marcelo Martiniano. Os tons marrom e bronze dominam: nas paredes, o papel escuro tem textura de linho e divide a cena com as pastilhas de madrepérola – conjunto que imprime sofisticação.


Casa Cor Mato Grosso do Sul – Banho e closet do quarentão.
O teto do banheiro do quarentão é todo forrado com espelhos que ampliam o ambiente de 14m², idealizado pela arquiteta Silvia Loft. Os tons escuros das louças e paredes contrastam com o colorido de um quadro de madeira naval pintado com tinta óleo no espaço do boxe. O ambiente ainda tem detalhes de requinte, como uma prateleira com livros e um monitor de LCD suspenso e automatizado.


Casa Cor Mato Grosso do Sul - Sala de banho da moça.
Idealizado para o conforto da moça, o espaço tem uma banheira de hidromassagem e uma televisão. O piso de madeira e uma bancada feita de mármore integram o closet e a penteadeira de maquiagem ao banho. Espelhos e mosaicos de vidros revestem as paredes. A iluminação é feita por leds. Projeto de Katya Ocampos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As pastilhas e sua versatilidade

Elas chegaram às cozinhas
Como detalhes ou revestimentos inteiros, em pisos e paredes, as pastilhas ganham mais espaço

A opção por pastilhas para revestimento de ambientes, prova-se cada vez mais completamente independente de "modismo". Elas sempre fizeram parte dos projetos residenciais e nunca deixarão de estar presentes nos projetos atuais e vanguardistas. Cada vez mais, as pastilhas ganham espaço em casa e conquistam novos cômodos. Agora, a vez é das cozinhas. Versáteis, são encontradas em diversas cores, materiais, acabamentos e formatos. A maioria dos modelos é resistente e impermeável, fatores de peso na escolha de um revestimento.

De acordo com a designer de interiores Roberta Devisate existe hoje no mercado uma vasta gama de pastilhas, das mais ousadas às naturais: de vidro, aço, resina, coco, bambu e até mesmo mármore. A maioria dos especialistas garante que as de vidro são as mais adequadas para o uso em projetos de cozinha, por serem mais resistentes, higiênicas, de rápida aplicação e fácil manutenção.
Versatilidade O mosaico é uma das opções para quem quer valorizar o canto gastronômico da casa. Em um espaço sempre repleto de armários e eletrodomésticos, uma parede pode ser decorada com pastilhas que trabalham com diferentes formas e cores, valorizando o ambiente e criando um clima totalmente moderno.

A arquiteta Maximira Durigan explica que as pastilhas permitem que os projetos tornem-se personalizados e artísticos. "Sempre procuro inovar, utilizando e combinando diferentes cores."

As de vidro, por exemplo, podem ser usadas tanto em pisos quanto nas paredes, mas fique atento a um detalhe: nem todos os materiais atendem às duas necessidades. Para o piso, pastilhas com acabamento diferenciado, como as de mármore, porcelana e outras especiais como as pastilhas de piso cimentício atérmico (Mix Floor 5x5 cm e linha Keramika, ambos vendido na Atlas Store, em SP), não são recomendadas, pois o intenso tráfego de pessoas e móveis provoca o desgaste natural da peça. Esse material acaba sendo preferencialmente usado como detalhe nas paredes.

Outra característica importante é a higiene do revestimento. Exposto à gordura, líquidos e farelos, pode ser facilmente limpo e não cria dificuldades na hora da limpeza.
Muito resistentes, não necessitam de reparos a curto prazo. E caso haja a necessidade em uma situação específica, as peças podem ser substituídas por um profissional. "A colocação é feita em placas, sendo assim, a troca de uma pastilha é sempre delicada, pois se o serviço não for cuidadoso, é fácil notar qual das pastilhas foi substituída", explica a arquiteta Vivian Calissi.

Mais vida
De maneira arrojada, as pequenas pastilhas de vidro (Jatobá), 2 x 2 cm, são o destaque do projeto da arquiteta Elizabeth Stein. A cor vermelha faz com que sejam o foco principal da cozinha, trazendo modernidade a um projeto extremamente original. A profissional optou por utilizar as pastilhas no balcão e na parede do fundo. "Elas quebram o gelo dos azulejos brancos e têm a impermeabilidade dos mesmos."

Brilho discreto


Charmoso e sofisticado, o projeto da arquiteta Andrea Zylberstajn utiliza as pastilhas de vidro transparente 3 x 3 cm (Vidro Real) na parede do fundo da cozinha integrada desse flat. O revestimento harmoniza com o vidro preto pintado da bancada, criando na cozinha uma atmosfera atraente. "As pastilhas são um diferencial, dão um brilho especial ao ambiente, interagindo tanto com a cozinha quanto com todo os outros espaços da casa", explica Andrea.

Ousado e belo

As pastilhas lisas de vidro na cor vermelha (Vitrica - fornecida pela empresa Mediterrani) fazem com que o projeto da designer de interiores Roberta Devisate tenha uma concepção extremamente original. De acordo com a designer, "as pastilhas são hoje muito mais do que um simples revestimento: podem ser um forte elemento para trazer exclusividade ao projeto". Trabalhando com a parede ao fundo da cozinha, Devisate explica que sugeriu uma cor quente - o vermelho bordeaux . "As pastilhas de vidro são lisas (5 x 5 cm) para contrastar com a cozinha em preto-e-branco."

Tom de berinjela

No moderno projeto da arquiteta Vivian Calissi, as pastilhas escuras de vidro (Vidrotil) trabalham com o piso e os móveis claros. "O morador gostava do tom berinjela." Para o sucesso do resultado, Calissi afirrma que o segredo foi a colocação. "Como elas vêm unidas em placas de aproximadamente 50 x 50 cm, é imprescindível a habilidade do colocador para que não fiquem quem aparecendo as placas após a aplicação."

Preto resinado

A arquiteta Márcia Chain Marchi utilizou pastilhas pretas 2 x 2 cm (Colormix) nas paredes da cozinha pensando na parte estética e higiênica do ambiente. "Usar as pastilhas foi uma sugestão minha, já que não gosto de revestimento de parede de tamanho grande como azulejos. A função da pastilha, além de estética, é proteger a pintura da gordura da cozinha." Como o espaço é bem iluminado e os móveis e piso são claros, a parede faz um contraste com a pastilha que possui um brilho natural. "No caso desta cozinha são pastilhas resinadas."

Contrastes

No projeto da Ibiza Acabamentos, "as pastilhas têm o objetivo de modernizar e acompanhar o mobiliário, harmonizando e ressaltando a cor", explica Alaíde Ferrari proprietária da empresa. "Neste projeto, este modelo, de 2,5 x 2,5 cm (telas de 30 x 30 cm), tem uma característica única ondulada, proporcionando um efeito fantástico." Ela aconselha que para modernizar ainda mais os projetos com pastilhas de vidro há a possibilidade de utilizar argamassas coloridas acompanhando as cores das pastilhas.

Detalhes que valorizam

No projeto da arquiteta Ana Carolina Trabasso, as pastilhas de porcelana verde (Atlas), no formato 2 x 2 cm, aparecem no rodapé e em uma faixa central como um detalhe decorativo e com destaque cobrindo toda uma parede. Em outro canto da cozinha, a arquiteta trabalhou com mais dois modelos de pastilhas. "A de inox, 5 x 5 cm (Mosaic), requer mais cuidado e não é recomendada para o piso", reforça. Ela é trabalhada com duas faixas centrais e combina com o inox dos eletrodomésticos. O piso de porcelanato branco também recebeu a aplicação de algumas pastilhas pretas de vidro resinado (Colormix), 5 x 5 cm, que contrastam e completam o ambiente moderno da cozinha.

Miscelânea bem-sucedida

O mosaico em uma das paredes dessa residência é o diferencial do projeto da arquiteta Maximira Durigan. Atenta ao mercado, ela criou um gabarito com tamanhos e cores de pastilhas de diversas empresas para conseguir trabalhá-las juntamente. "Já que cada fábrica tem um branco diferente, aproveito isso no trabalho. Assim ele fica mais rico usando e misturando todas as tonalidades de branco, cinza e preto", explica. Em um dos cantos da cozinha, Maximira trabalhou duas paredes com variações de uma mesma cor, que recebem diretamente a luz natural e oferecem um brilho diferenciado ao espaço. Em outro canto, a arquiteta criou um mosaico de "ondas" que desfilam pela parede. "Como as cozinhas são muito alinhadas, essa parede me deu a oportunidade de utilizar as pastilhas de vidro de uma forma original. Elas criam uma sensação de mobilidade em todo o espaço", conta Maximira.

Tonalidade que suaviza

O projeto da arquiteta Evelin Sayar prima pela delicadeza. "A cozinha possui um desenho irregular, não é quadrada, e para contornar essa dificuldade achei interessante usar as pastilhas para amenizar os ângulos", conta. Foram usadas pastilhas 5 x 5 cm (Jatobá), também disponíveis na Atlas Store, da Atlas, em tonalidades parecidas e mesma medida (padrão). Essas destinaram-se ao piso e às paredes. O piso de porcenalato da sala avança até a cozinha e recebe o detalhe das pastilhas que suavizam a troca de ambientes. "O tom cinza foi escolhido por ser neutro. O proprietário não queria algo muito chamativo, que cansasse a vista e comprometesse os tons. Essa cor combina com o inox", conclui.

Para atrair olhares

Para as designers e irmãs Maria Lucia e Juliana Guidugli, da Guidugli Design, "as pastilhas sempre foram uma opção interessante". O projeto das designers propôs a integração e interação da cozinha com os outros ambientes da casa. "Como a proprietária é uma pessoa moderna, que mora sozinha e gosta de receber os amigos para grandes refeições, usamos as pastilhas de vidro (Vidrotil), no tamanho 2 x 2 cm, para valorizar o ambiente, para destacá-lo mesmo. A Atlas Store também oferece pastilhas de vidro - linha Keramika - se a idéia é destaque, você precisa conhecê-la."

Veja também, Pastilhas em banheiros:
http://acervodeinteriores.com.br/index.php/2010/07/06/banheiro-pastilha/


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sustentabilidade - A situação está russa!

O AB Elis Ltda , estúdio de arquitetura russo, apresentou um projeto sustentável que chamou a atenção pela sua originalidade. Sendo talvez, um dos mais inovadores que já vistos.

A Proposta

Proposta de construção de uma cidade dentro de uma mina desativada de diamantes. A cratera fica em Mirny, na Sibéria, sendo esta a segunda maior já escavada no mundo. Apresenta mais de 1km de diâmetro e 500m de profundidade.